Rodas
e revoluções andam juntas há muito tempo. Numa
era de colossais conquistas tecnológicas entre 8.000 e 5.000
anos a.C., na faixa de países semi-áridos entre os rios
Nilo, localizado na África e Ganges, na Ásia, o homem
inventou o arado, o barco à vela, os processos de fundição
de ferramentas, jóias e o calendário solar. Todos estes
inventos baseados no princípio da roda. A primeira indicação
da invenção de uma roda registrada numa placa de
argila, auxiliando um meio de transporte humano foi na Suméria
3.500 anos a.C. (NASSOUR, 2003).
Um dos
maiores inventos depois da roda foi a bicicleta, criada em 1791 e
denominada como celerífero. Quando aconteceu a sua
massificação no Brasil,logo após a II Guerra
Mundial e durante a década de 50, elas adquiriram o “status”
de “veículo da classe trabalhadora”, ou seja: já
discriminadas pela sociedade consumista do pós-guerra (MUSEU
DA BICICLETA DE JOINVILLE, 2006).
A roda e, em
especial a bicicleta, é um eficiente meio de transporte, mas
que não é o foco da Escola Livre Sobre Rodas. O foco é
a socialização do conhecimento e o aparelho para as
lutas contra o sistema opressor, através de uma viagem que
relaciona amizade e aprendizagens sob o olhar de vivências no
“trecho rodoviário”. Utilizar a bicicleta para realizar um
percurso possibilita o contato com as pessoas e os ecossistemas,
diferentemente do automóvel ou de qualquer outro transporte de
via rápida.

Se deliciar
com o conhecimento nas escolas de hoje é difícil. Os
modelos das escolas atuais com salas fechadas e pouca autonomia para
os estudantes é a morte do livre pensar. A Escola Livre
vem realizando viagens desde 2007 com intuito de levar o conhecimento
para o real, justamente de onde ele é gerado. NA RUA!
Aprende-se muito e com sorte ensina-se também.
Viajar de bicicleta não é cultural na sociedade atual, pelo fato de ser muito mais cômodo viagens de automóvel ou avião, mas para quem já provou ou teve contato com pessoas pelo trecho sabe que é perfeitamente possível. Além disso, vivemos numa economia voltada para a de transporte rodoviário, imposta pelos grandes patrões e pelo Estado, os quais não promovem ações que facilitem o uso de transporte público e bicicletas. Portanto, estamos aí para desenvolver esforços físicos, de extrema importância para o corpo humano, se divertir, sofrer (diante do capital), lutar contra a classe exploradora e conservar a biodiversidade.
e s c o l a l i v r e s o b r e r o d a s
Olá, saudações!
ResponderExcluirConheci 2 de vcs meninos, na rodoviária de Porto Seguro, tentando convencer o pessoal da São Geraldo embarcar as bikes (maior canseira, os cara queriam arrêgo...),Ia indo para Minas e vcs p Sampa.
Sempre venho por aqui no blog de vcs. Bem afins ao que a gente posta lá no nosso, estando às voltas agora com a pauta: bioinvasão do coral sol. Assim que na blogsfera a gente pode tecer esta rede do bem...
Escola livre sobre rodas, quando a maré de vazante está um tapete p dar um rolé, é massa aqui em Arraial d'Ajuda né?
Um grande abraço!
É lindo viajar no tapete que a maré deixa no extremo sul da bahia!!!!! Manda o endereço do seu blog pra gente se conectar!!!! Putabraço!!!
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