sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Manifesto Sobre Rodas



Rodas e revoluções andam juntas há muito tempo. Numa era de colossais conquistas tecnológicas entre 8.000 e 5.000 anos a.C., na faixa de países semi-áridos entre os rios Nilo, localizado na África e Ganges, na Ásia, o homem inventou o arado, o barco à vela, os processos de fundição de ferramentas, jóias e o calendário solar. Todos estes inventos baseados no princípio da roda. A primeira indicação da invenção de uma roda registrada numa placa de argila, auxiliando um meio de transporte humano foi na Suméria 3.500 anos a.C. (NASSOUR, 2003).


Um dos maiores inventos depois da roda foi a bicicleta, criada em 1791 e denominada como celerífero. Quando aconteceu a sua massificação no Brasil,logo após a II Guerra Mundial e durante a década de 50, elas adquiriram o “status” de “veículo da classe trabalhadora”, ou seja: já discriminadas pela sociedade consumista do pós-guerra (MUSEU DA BICICLETA DE JOINVILLE, 2006).

A roda e, em especial a bicicleta, é um eficiente meio de transporte, mas que não é o foco da Escola Livre Sobre Rodas. O foco é a socialização do conhecimento e o aparelho para as lutas contra o sistema opressor, através de uma viagem que relaciona amizade e aprendizagens sob o olhar de vivências no “trecho rodoviário”. Utilizar a bicicleta para realizar um percurso possibilita o contato com as pessoas e os ecossistemas, diferentemente do automóvel ou de qualquer outro transporte de via rápida.

Se deliciar com o conhecimento nas escolas de hoje é difícil. Os modelos das escolas atuais com salas fechadas e pouca autonomia para os estudantes é a morte do livre pensar. A Escola Livre vem realizando viagens desde 2007 com intuito de levar o conhecimento para o real, justamente de onde ele é gerado. NA RUA! Aprende-se muito e com sorte ensina-se também.




Viajar de bicicleta não é cultural na sociedade atual, pelo fato de ser muito mais cômodo viagens de automóvel ou avião, mas para quem já provou ou teve contato com pessoas pelo trecho sabe que é perfeitamente possível. Além disso, vivemos numa economia voltada para a de transporte rodoviário, imposta pelos grandes patrões e pelo Estado, os quais não promovem ações que facilitem o uso de transporte público e bicicletas. Portanto, estamos aí para desenvolver esforços físicos, de extrema importância para o corpo humano, se divertir, sofrer (diante do capital), lutar contra a classe exploradora e conservar a biodiversidade.
e  s  c  o  l  a  l  i  v  r  e  s  o  b  r  e  r  o  d  a  s

2 comentários:

  1. Olá, saudações!
    Conheci 2 de vcs meninos, na rodoviária de Porto Seguro, tentando convencer o pessoal da São Geraldo embarcar as bikes (maior canseira, os cara queriam arrêgo...),Ia indo para Minas e vcs p Sampa.
    Sempre venho por aqui no blog de vcs. Bem afins ao que a gente posta lá no nosso, estando às voltas agora com a pauta: bioinvasão do coral sol. Assim que na blogsfera a gente pode tecer esta rede do bem...
    Escola livre sobre rodas, quando a maré de vazante está um tapete p dar um rolé, é massa aqui em Arraial d'Ajuda né?
    Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  2. É lindo viajar no tapete que a maré deixa no extremo sul da bahia!!!!! Manda o endereço do seu blog pra gente se conectar!!!! Putabraço!!!

    ResponderExcluir