segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

2 º MANIFESTO SOBRE RODAS

2 º MANIFESTO SOBRE RODAS

As rodas contribuíram significativamente para o desenvolvimento dos povos. Sempre revolucionaram as relações sociais ao proporcionar autonomia energética e impulsionar a produção de riqueza. A bicicleta deu um novo significado a autonomia das relações sociais diminuindo distâncias e facilitando a comunicação de ideias e trocas, tão necessárias às culturas, economias e ecologias em nossa história recente.

A Escola Livre é o chão de areia, terra ou asfalto, de sol ,de chuva ou céu nublado. Pedalar para aprender é ferramenta que abre novos espaços públicos de cocriação e instiga a desafiar  os limites do conhecimento.  Decidir para onde ir, como ir, pra que ir, o que fazer, em quanto tempo fazer são pilares da pedalagem. Aprendizando sobre rodas. Pedalando conhecimento.


Se deliciar com o conhecimento nas escolas de hoje é difícil. Os modelos das escolas atuais com salas fechadas e pouca autonomia para os estudantes é a morte do livre pensar. A Escola Livre vem realizando viagens desde 2007 com intuito de levar o conhecimento para o real, justamente de onde ele é gerado. NA RUA! Aprende-se muito e com sorte ensina-se também.
A rua foi e é o palco das manifestações nas cidades. Quais são os ecos das vozes das ruas?  Até onde chegam? O que nos dizem?  Viajar de bicicleta é praticar a ciclopedagogia. É cooperação em meio a diversidade. É inventar um caminho que se faz ao caminhar. “A cooperação é um atributo do modo como os seres humanos se organizam e nada mais.” (Augusto de Franco)

Viajar de bicicleta não é cultural na sociedade atual, pelo fato de ser muito mais cômodo viagens de automóvel ou avião, mas para quem já provou ou teve contato com pessoas pelo trecho sabe que é perfeitamente possível. Além disso, vivemos numa economia voltada para a de transporte rodoviário, imposta pelos grandes patrões e pelo Estado, os quais não promovem ações que facilitem o uso de transporte público e bicicletas. Portanto, estamos aí para desenvolver esforços físicos, de extrema importância para o corpo humano, se divertir, sofrer (diante do capital), lutar contra a classe exploradora e conservar a biodiversidade.                                             

e      s      c      o      l      a      l      i      v      r      e      s      o      b      r      e      r      o      d      a      s

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Manifesto Sobre Rodas



Rodas e revoluções andam juntas há muito tempo. Numa era de colossais conquistas tecnológicas entre 8.000 e 5.000 anos a.C., na faixa de países semi-áridos entre os rios Nilo, localizado na África e Ganges, na Ásia, o homem inventou o arado, o barco à vela, os processos de fundição de ferramentas, jóias e o calendário solar. Todos estes inventos baseados no princípio da roda. A primeira indicação da invenção de uma roda registrada numa placa de argila, auxiliando um meio de transporte humano foi na Suméria 3.500 anos a.C. (NASSOUR, 2003).


Um dos maiores inventos depois da roda foi a bicicleta, criada em 1791 e denominada como celerífero. Quando aconteceu a sua massificação no Brasil,logo após a II Guerra Mundial e durante a década de 50, elas adquiriram o “status” de “veículo da classe trabalhadora”, ou seja: já discriminadas pela sociedade consumista do pós-guerra (MUSEU DA BICICLETA DE JOINVILLE, 2006).

A roda e, em especial a bicicleta, é um eficiente meio de transporte, mas que não é o foco da Escola Livre Sobre Rodas. O foco é a socialização do conhecimento e o aparelho para as lutas contra o sistema opressor, através de uma viagem que relaciona amizade e aprendizagens sob o olhar de vivências no “trecho rodoviário”. Utilizar a bicicleta para realizar um percurso possibilita o contato com as pessoas e os ecossistemas, diferentemente do automóvel ou de qualquer outro transporte de via rápida.

Se deliciar com o conhecimento nas escolas de hoje é difícil. Os modelos das escolas atuais com salas fechadas e pouca autonomia para os estudantes é a morte do livre pensar. A Escola Livre vem realizando viagens desde 2007 com intuito de levar o conhecimento para o real, justamente de onde ele é gerado. NA RUA! Aprende-se muito e com sorte ensina-se também.




Viajar de bicicleta não é cultural na sociedade atual, pelo fato de ser muito mais cômodo viagens de automóvel ou avião, mas para quem já provou ou teve contato com pessoas pelo trecho sabe que é perfeitamente possível. Além disso, vivemos numa economia voltada para a de transporte rodoviário, imposta pelos grandes patrões e pelo Estado, os quais não promovem ações que facilitem o uso de transporte público e bicicletas. Portanto, estamos aí para desenvolver esforços físicos, de extrema importância para o corpo humano, se divertir, sofrer (diante do capital), lutar contra a classe exploradora e conservar a biodiversidade.
e  s  c  o  l  a  l  i  v  r  e  s  o  b  r  e  r  o  d  a  s

terça-feira, 31 de julho de 2012

Em andamento o vídeo

Trabalhando para poder fazer com que a "pedagogia do pedal" percorra ciclovias, caminhos, sendas, trilhas e que nos de força e conhecimentos para seguir sempre.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Junior Jesus Cristo e o Carimbador Maluco

Foto: Alan B. T. Silva
Dia 24 de dezembro de 2012 - 85km pedalados e um belo treino para o trajeto Espírito Santo - Bahia. Saímos de São Bernardo depois da minha chegada pela madrugada com duas Stellas Litrão que apesar do esforço não consegui degustá-las. Horário marcado às 8h00, porém nunca seguimos padrões e, desse modo, saímos as 9h30 da casa de Dona Elisa e Dom Nelsão progenitores de Miguelito Mão na Roda sentido Rodovia Anchieta.
Véspera de Natal não esperavamos por muitas aventuras, já que o objetivo era descer a Serra do Mar para testar Alforges e bicicletas. Porém, logo de cara já encontramos dois malucos que estavam descendo a pé para o litoral. Desejamos boa sorte e seguimos.
A sequência das bicicletas em determinado momento era: Miguelito Mão na Roda, Eu, Rattu Pedivela e Cauê Canote. Nisso passa por Cauê um indivíduo em algo que se assemelhava a uma espaço-nave (bibcleta com banco de mobilete) e diz: 
-Vocês estão indo pra onde? Cauê quase não consegue dialogar pelo sol que faz e o cansaço que o abate. O Ser, então, segue sem parecer cansar em suas pedaladas que levavam seus joelhos no queixo e indaga Rattu:
 -Vocês estão indo pra onde? E Rattu responde: 
- Pra Praia...
Cada vez mais feliz o Sujeito segue para me indagar:
-Vocês tão indo pra praia? E olhando para sua magrela pensei que a mesma não aguentaria chegar até o fim, porém retruquei:
-Vamo junto aí... 
Junior Jesus Cristo não se conveceu de minhas palavras e foi pedir benção ao último que faltava. Ao alcançar Miguelito lhe disse sem mais delongas:
-Você me autoriza a ir pra praia com vocês? Miguelito com espírito da Escola-Livre Sobre Rodas nos Alforges não pestanejou:
-Tá autorizado Negô! Mas vai ter uma parte que encontraremos um carimbador e ele pode estar maluco ou não. Simplismente não faça nada que cuidaremos disso.
A descida da Serra foi maravilhosa, apesar do furo no pneu do Cauê. Testamos estabilidades das bicis com os alforges, cachoeiras, túneis, paisagens, tremores, verdes, brisas e vento, muito vento. Ao chegar no final da Serra deparamo-nos com a cabine do Carimbador Maluco que sem respirar dizia:

5... 4... 3... 2...
- Parem! Esperem aí.
Onde é que vocês pensam que vão?
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!!
Tem que ser selado, registrado, carimbado
Avaliado, rotulado se quiser voar!
Se quiser voar....
Pra Lua: a taxa é alta,
Pro Sol: identidade
Mas já pro seu foguete viajar pelo universo
É preciso meu carimbo dando o sim,
Sim, sim, sim.
O seu Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!

Nesse exato momento sacamos nossas credênciais da Escola-Livre Sobre Rodas junto com o espírito que ela emana e dissemos do nosso propósito ali: estudo do meio, teste dos alforges e das bicicletas. Isso não parecia adiantar muito, porém pouco a pouco foi cedendo até que veio a cartada final: o Manifesto Sobre Rodas. Demos um manifesto para o Carimbador e perguntamos se ele andava de bicicleta. Afirmou que sim e então mostramos os alforges (de caixa de leite) feitos por nós mesmos. O brilho nos olhos do Carimbador Maluco foi instantâneo e hipnotizado começou a cantarolar:  

Mas ora, vejam só, já estou gostando de vocês
Aventura como essa eu nunca experimentei!
O que eu queria mesmo era ir com vocês
Mas já que eu não posso:
Boa viagem, até outra vez.
Agora...
O Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
(Boa viagem, meninos.
Boa viagem).

Durante tal trajeto Junior não parava de nos perguntar se poderia entrar no mar e onde deixaria sua bicicleta. Mesmo achando estranho sempre respondíamos que sim, poderia entrar no mar. Quando chegamos de frente pro mar caiu uma lágrima dos olhos de Júnior que antes de correr, suspirou e perguntou:
-Posso ir mesmo? E todos respondemos:
-Vai logo Mano!
Estranhamos ao ver ele voltar com uma garrafinha cheia de água do mar e perguntamos o porque daquela garrafinha e ele repondeu:
-Eu nunca vi o mar... Essa água vou levar pra minha casa pra orar pra minha família e pra viagem de vocês até a Bahia! 
Talvez Júnior Jesus Cristo nunca tivesse conseguido descer a Serra naquele dia, talvez o Carimbador Maluco nunca antes havia deixado alguém passar pela cancela, talvez nós nunca fossemos para Bahia de Bicicleta. Talvez pá porra!   

Pedro Selim (contribuições de Lambari Cabo de Aço)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Alforges & Alfajores

A pedalada militante requer repensar as formas que utilizamos nosso meio de transporte favorito. Ainda somos reféns de monopolio da produção de peças e acessórios para nossas magrelas e, nesse sentido, a prepar(ação) para a viagem de Espírito Santo até Bahia serviu para refletimos qual o porque de nossa travessia por lugares extremos do nosso Brasil. O "manifesto sobre rodas"  foi a síntese de nossas reflexões: "... Aprende-se muito e com sorte ensina-se também".
Os Alforges (ALFAJORES RECICLO) foram executados graças a reflexão e ação (Práxis) dos integrantes da Escola Livre sobre Rodas. A primeira tentativa parecia absurda. Alforges com caixa de leite? Só pode estar de brincadeira!! E realmente estavamos. Brincamos muito na Associação Oeste com a Cecília (costureira dos Alforje) e as crianças (inclusive uma mais velha chamada Bonni). A brincadeira foi tão boa que voltamos lá pra brincar mais. Brincar de aprender. Aprender a fazer ALFAJORES RECICLO.
A Práxis é fundamental para o espírito aprendizante. O saber fazer e a reflexão sobre este, se torna essencial para a boa estada nos extremos do mundo. A simbiose entre reflexão e ação dita os rumos das ocupações internas e externas da nossa carne.
Olha Práxis que delícia... Nunca foi chupada!!!

   Foto dos ALFAJORES RECICLO em teste no ocupasampa (MASP) antes da partida. Foto tirada por Leonardo Carvalho.


PEDRO SELIM

Prepar(ação)!


A prepar(ação) de qualquer viagem é fundamental para a realização dos objetivos que se tenha. Uma peça fora do lugar pode gerar problemas aparentemente pequenos, mas que podem virar uma bola de neve. Manda a Bici pra UTI de sua preferência. Os itens a serem testados:


USANDO ALFORGES: Alforges carregados dão um centro de gravidade baixo e estabilidade à bike. Os alforges dianteiros e traseiros devem equilibrar-se, e o peso das bolsas esquerda e direita deve ser igual. O alforge traseiro é preso à garupa sobre o eixo traseiro fora do alcance do movimento do pedivela. Consulte:
http://www.pedalserrano.com/9832/264712.html
Manual Terra de Vida ao Ar Livre

RODAS: Os aros das rodas devem estar alinhados.

PNEUS: É necessário verificar qual terreno se irá pedalar para a escolha certa do pneu (Cravo, canela, liso ou misto). Se houver variações no terreno ao longo do "trecho rodoviário" pode-se optar por levar troca de mais de um tipo de pneu ou escolher um de sua preferência e aguentar algumas dificuldades pelo caminho.

CÂMERA: É recomendado que a Câmera não tenha remendo, porém isso não é garantia de maior resistência. O ideal é levar duas reserva para garantir, além, é claro, do remendo para câmera.

FITA ANTI-FURO: Na viagem até a Bahia a fita anti-furo se mostrou útil no aumento da resistência da câmera.

FREIOS: Vale a pena gastar dinheiro em boas sapatas. Atualmente um par pode custar até R$ 60.00 reais. Porém sua durabilidade pode chegar a 4 anos. Bom custo benefício. O tipo V-brake é indicado para moutain bike.

CUBOS: Tanto o dianteiro como o traseiro devem estar bem lubrificados. Utilizar blocagem também auxilia na troca de pneus.

TRANSMISSÃO: Toda parte de transmissão (marchas) deve ser regulada. Além disso, a lubrificação e o tempo de uso da corrente tem ser levados em conta.

SELIM: O banco deve ser confortável para aguentar até 8 horas diárias de pedalada.

PEDAL: O pedal de plástico é menos resistente, porém causa menos danos a sua canela. Os de ferro e alumínio podem arrancar pedaços de sua perna. Porém para pedaladas de impacto é o recomendável (alumínio).

QUADRO: O ideal é que o quadro seja o mais leve possível. Leves e mais acessíveis são os quadros de alumínio.

BICICLETA/CICLISTA: Os ajustes entre o corpo do ciclista e a bicicleta também tem grande relevância para evitar lesões e fazer da pedalada um exercício prazeroso. Para mais informação sobre esse assunto clicar aqui


 Fonte: http://biobloganica.blogspot.com/2011/06/lesao-do-ciclismo-em-relacao.html



PEDRO SELIM

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Dados do percurso





Componentes dos estudos pedalados: 
Fabão Guidão, Lívia Marcha-lenta, Mayara Manete, 
Miguelito Mão-na-roda & Pedro Selim





27.12.11
Centro de Vitória à Praia do Rio Preto município do Fundão

Distância: 58,30 Km                     Média: 15,7 Km/h
Tempo: 3h e 41min                       Máxima: 43,30 Km/h

Bicicletas saem do bagageiro do busão... é hora de pedalar, não tem sinal da cruz, mas o nome do local é Espirito Santo. Asfalto plano, o grupo se perde no caminho, mas depois se reencontram na Praia de Jacaraípe. Parada na Praia no Rio Preto teve rango na fogueira (cachaça no feijão), grama fofa e no bar boa prosa com os nativos.

 Pedro Selim e Miguelito Mão-na-roda em Vitória - ES

prosa e rango na fogueira na Praia do Rio Preto - Feijão cozido na cachaça

28.12.11
Praia do Rio Preto à Regência

Distância: 79,14 Km                          Média: 16,3 Km/h
Tempo: 4h e 50min                            Máxima: 36,8 Km/h

Trecho de asfalto plano e depois estrada de chão com areia, escuro, e leves inclinações. Em Regência  passagem direta pelo projeto TAMAR, hospedagem no quintal dos surfistas Dilson e seu filho Lucas.

Praia do Rio Preto - ES

estrada para chegar em Regência

29.12.11
Regência à Bebedouros

Regência é uma vila que abriga uma linda praia do Surf, restinga curiosa e pessoas bacanas. No fim da tarde chuvosa, o grupo se divide. Fabão, Lívia e Mayara pegam carona com o busão, aguardam o caminhão atolado que impede a passagem do busão, demoram a chegar em Bebedouros. Pedro, Miguelito e Rattu pegam carona com o amigo Dilson e na BR preocupados aguardam os retardatários.

vegetação da praia de Regência

caminhão atolado a caminho de Bebedouros

30.12.11
Bebedouros à Conceição da Barra

Distância: 41,74 Km                           Média: 15,0 Km/h
Tempo: 2h e 46min                             Máxima: 45,09 Km/h

De Bebedouro ao centro de Linhares o pedal foi de 9 km na BR 101, onde se avista ponte quebrada. Entre o centro de Linhares até São Mateus houve uma carona de busão de 82km. São Mateus à Conceição da Barra tem asfalto plano, à noite hospedagem na pousada falida, onde teve samba, peixe e prosa com Eliene, Alex Alves e Jair, e mais tarde trio com Patrulha do Samba.


BR 101 em Linhares. Duas pontes??

samba em Conceição da Barra

31.12.11
Praia de Conceição da Barra a Itaúnas

Distância: 29,56 Km                      Média: 14,50 Km/h
Tempo: 2h e 01min                        Máxima: 49,02 Km/h

Trecho com asfalto plano e estrada de chão com muito eucalipto. Estreia do acampamento no ponto de cultura de Todinho, Gil, Felipe, Rafaela e Vinícius da Palha. Virada do ano nas dunas, Rattu Pedevela aproveita o momento para um asana embriagado e os outros participam da dança da germinação.

Estrada para Itaúnas, detalhe da monocultura de eucalipto

Miguelito Mão-na-roda na virada do ano em Itaúnas

1 e 2 .01.12
Descanso e conhecimento em Itaúnas, a capital do forró

Banho no Rio Itaúnas, oficina de chapéu de palha com Vinícius; trilha com Felipe e Rafaela, cambucá, araçá, mangaba, biri-biri, água de coco; Vila Velha coberta pelas dunas; aprendizado com Todinho; descontração com Gil; profecias de Amadeu, noite de Forró de primeira; e por aí vai...

Equipe completa nas Dunas de Itaúnas

Oficina de chapéu de palha com Vinícius ao centro. Fabão Guidão á esquerada e Todinho à direita.

03.01.12
Itaúnas à Riacho Doce

Distância: 9,19 Km                 Média: 9,03 Km/h
Tempo: 58min                        Máxima: 19,5 Km/h

Pedal pela praia na maré baixa no fim da tarde, primeiro contato entre pneus e areia da praia, com dificuldades inicias até que não se pega o jeito.  Em Riacho doce pernoitada nas redes do quiosque e banho de rio. Sorria você está quase na Bahia!


À caminho do Riacho Doce

Lívia Marcha-lenta partindo de Itaúnas

4.01.12
Riacho Doce a Mucuri

Distância: 38,95 Km                      Média: 9,70 Km/h
Tempo: 4h e 15min                        Máxima: 40,6 Km/h

Pedal na maré baixa com grandes obstáculos rochosos pelas falésias, bike carregada nessas formações. Trecho de estrada de chão plana até Costa Dourada, labirinto de eucaliptos. Almoço firmeza na Tia Fina além da soneca de alguns e prosa. Continua o pedal pela maré baixa com tempestade, areia, escuridão e eventuais vacas pelo caminho. Acampamento na beira do rio Mucuri, muita porvinha.

Dificuldades para atravessar as falésias

Pedro Selim: dificuldade superada

Prosa com Tia Fina em Costa Dourada

5.1.12
Mucuri à Nova Viçosa
Distância: 28,39 Km                  Média: 17,7 Km/h
Tempo: 1h e 29min                    Máxima: 31,9 Km/h

Travessia de canoa do Rio Mucuri. Trilha pelo mangue e asfalto plano com muito vento contra. Janta no Restaurante mineiro de Dona Marla e hospedagem na casa de praia cedida pelo amigo Nilson. Balada na Praia do Lugar Comum (boate na praia).


6.01.12
Nova Viçosa à Ilha da Cassumba
Distância: 16,93 Km                    Média: 10,5 Km/h
Tempo: 1h e 36min                      Máxima: 30,8 Km/h

Travessia de barco com Lasmar palmeirense até a Ilha Cassumba, manguezal pela paisagem. Difícil trilha pedalada na ilha, acompanhada de Mailson e sua égua Tem-nome-não. Câmbio de Lívia se quebra. Hospedagem na casa do Amor de arquitetura peculiar.

Manguezal a caminho da Ilha das Telhas (Cassumba)

Resquícios da escola na Ilha, eram sete alunos...

07.01.12
Ilha Cassumba à Caravelas

Travessia de barco da ilha até Caravela. Almoço na casa do artesão Itamar dia de aprendizagem. Oficina de máscara no centro cultural Arte Manha para as crianças, realizada pelo santista Caio e pela suíça Silvana que viajavam de veleiro. Conflitos e desentendimento entre o grupo. À noite acarajé e lual na fogueira.

Cooperativa Mista dos Pescadores do Extremo Sul da Bahia - Caravelas

Oficina de máscara no Movimento cultura Arte Manha

8.01.12
Caravelas à Prado
Distância: 64,05 Km                            Média: 18,3 Km/h
Tempo: 3h e 29min                              Máxima: 40,2 Km/h

Lívia Marcha-lenta fica em Caravelas para arrumar sua bike. O grupo continua a pedalada pelo asfalto com muito vento contra. Parada em Alcobaça para o almoço e praia. Pedal a noite até Prado, água de coco gelada por um real, prosa no bar, banho e  acampamento no posto com  grama fofa em frente.

Praia de Alcobaça

Comunidade de Alcobaça


9.01.12
Prado a Comuruxatiba
Distância: 30,66 Km                        Média: 11,9 Km/h
Tempo: 3h e 10min                          Máxima: 42,8 Km/h

Estrada de chão com ladeiras, linda paisagem com praias, plantação de coco, fragmentos de bela mata. Parada obrigatória no bar descansa malando do simpático Neguinho do Queijo. Corrente de Pedro Selim quebra, conserto a noite e Fabão Guidão em seguida fica para traz quando seu canote se quebra. Janta, hospedagem e visita guiada pela Quitoca, mulher de luta. Prosa com geógrafo no bar e praia com ventania.

Heliconia sp. nas falésias

Descança malandro chegando em Comuruxatiba

10.01.12
Um dia em Comuruxatiba
Dia de descanso, banho de represa, pelada na quadra, delicioso almoço de Quitoca. Chegada de Lívia Marcha-lenta de veleiro e manutenção de sua bike (praticamente compra uma nova bike). Grupo reunido novamente, discussão para decisões, Fabão quase abandona o rolê, pois seu canote está por um triz de quebrar, mas a sua bagagem mais pesada é dividida pelo grupo e então segue viagem no dia seguinte por mais um pouco. Cumuru em tupi significa maré alta e Xatiba, maré baixa, assim o local se denomina por quanta da grande diferença entre a maré baixa e a maré alta. Por outo lado existe outra explicação para o nome, sendo "xatiba" o som das ondas do mar batendo nas falésias.

11.01.12
Comuruxatiba a Corumbau

Distância: 33,03 Km                        Média: 10,0 Km/h
Tempo: 3h e 16min                            Máxima: 28,6 Km/h

Partida de Cumuruxatiba ás 11h pela praia na maré baixa 18 Km até a Barra do Cahy, onde a travessia da barra ocorreu no limite do tempo quando a maré já estava enchendo. As bikes foram atravessadas no braço. Parada em um teto de palha para proteção do sol até que a maré voltasse a recuar pela noite. Enquanto isso banho de rio, soneca e busca de água para cozinhar. O local é bastante belo, há um fazenda em cima das falésias, onde a recepção foi hostil pelos donos que se sentiram ameaçados pela entrada de pessoas estranhas a eles. Queríamos apenas água e informações, e os donos (uma família) acabaram cedendo quando não viram mais sinal de perigo, mandando o "capataz" Josué nos atender, este pediu desculpas e contou que os donos vem apenas um vez por ano à fazenda. Ficou claro o medo e arrogância da classe dominante e a discrepância entre a classe explorada representada pelos amigáveis e simples empregados em um local privilégiado e distante da urbanização. Depois da janta na fogueira, a maré abaixou e a pedalada continuou até Corumbau, com céu  magnífico pela presença de lua cheia. Chegada em Corumbau, onde o abrigo foi encontrado no quiosque de uma chique pousada, "ainda bem que teve teto", pois ocorreu uma tempestade pela madrugada

12.01.12
Corumbau à Caraívas

Distância: 13,88 Km                                Média: 7,4 Km/h
Tempo: 1h e 51min                                  Máxima: 23,6 Km/h

Corumbau é um local protegido pela Marinha, não circula carro e contempla um turismo para quem pode optar por sossego, luxo e conforto. Para continuar o percurso é preciso atravessar mais uma barra, de canoa, os pescadores ganham um troco e faz a travessia. A pedalada continua pela praia, mas logo a maré começa a subir e na areia fofa chegamos na Tribo barra velha com dificuldade, predominantemente empurrando as bicicletas com muita força nos braços e sol nas costas. Recepção feita pelo Juranthi, filho do cacique, que havíamos conhecido em Itaúnas quando ele expunha seus trampos. Há cinco anos que existe luz elétrica na aldeia, onde pouco a pouco vem perdendo os costumes indígenas desde a chegada dos portugueses. Antes de cair a noite, a pedalada continua até a vila de Caraívas, onde ficamos hospedados em uma casa a preço camarada do amigo Ari. A vila abriga um turismo predominantemente de jovens do mundo todo que vão a procura de gente bonita, contato com natureza, forró e dinheiro para gastar.

Juranthi e sua filha, Tribo Barra Velha próximo à Caraívas

Jantar na brasa com Ari em Caraívas

13.01.12
Caraívas à Trancoso
Distância: 48,45 Km                       Média: 12,3 Km/h
Tempo: 3h e 55min                           Máxima: 45,3 Km/h

A partida de Caraívas se dá no final da tarde, após conhecermos a linda praia. Lívia Marcha-lenta fica, pois gosta muito do local, ela seguirá seu trajeto após mais alguns dias, e de alguma forma chegará até a chapada da Diamantina. Para passar para o outro lado da vila, se deve pegar um barco. E então a pedalada continua por estrada de chão, onde se pode avistar o Monte Pascoal. A caminho de Trancoso o trajeto se segue, mais adiante por asfalto e noite. Trancoso é bastante movimentado e badalado. Estávamos cansados, tomamos bando no posto de gasolina, conhecemos um pouco a badalação e montamos acampamento na praça do quadrado, ao lado do cemitério

Equipe completa mais o companheiro Ari em Caraívas

Rattu Pedivela fotografando o Monte Pascoal ao fundo

14.01.12
Troncoso a Arraial d’ Ajuda
Distância: 21,02 Km                         Média: 13,4 Km/h
Tempo: 1h e 34min                           Máxima: 45,4 Km/h

Pela manhã Fabão Guidão parte para São Paulo sem despedida. Mayara Manete vai em busca de cuidados médicos no posto de saúde, pois já a alguns dias sua canela se encontra infeccionada por uma batida da coroa... é bem atendida e recebe medicamentos. Para curtir um pouco a praia, conhecemos a dos Nativos, onde estava Elba Ramalho. No final da tarde a pedalada continua por estrada de chão e mais adiante por asfalto, onde tivemos a sorte de encontrar o Reginaldo que também estava de bike e nos ajudou a chegar no Hostel de Arraia d' Ajuda. Recepção de primeira, com cozinha, piscina, festa e espaço de chão para dormir.

Aproveitando a quase inteira lagosta deixada pelos turistas na Praia dos Nativos

Praia dos Nativos em Trancoso

15.01.12
Despedida de Rattu Pedivela e Pedro Selin em Arraial ‘d Ajuda


Rattu e Pedro partem para São Paulo, e permanecem no rolê Miguelito e Mayara que optam por não pedalar por um dia, interagem com o pessoal do Hostel (muitos latinos em geral) e conhecem mais um pouco o local. Muitos índios expõem artesanato a noite, tivemos a oportunidade de conhecê-los melhor e decidimos ficar mais um dia após o convite de Jaguatiri para conhecer o sambaqui no dia seguinte.


Arraial d' Ajuda 

Despedida no Hostel de Arraial d'Ajuda

06.01.12
Pedalada ao Sambaqui em Arraial d'Ajuda

Pela manhã fomos ao Aldeia Velha, houve um desencontro, mas por fim de bicicleta por estrada de chão e trilhas chegamos no sambaqui, nossa nutrição foi feita a base de coco. Sambaqui significa "monte de conchas" em tupi, onde a sucessão de comunidades litorâneas foi responsável pela acumulação de conchas, ossos de peixes e outros restos de alimento. Jaguatiri mostrou-se bastante entusiasmado ao rever o ambiente por onde vivia seus possíveis ancestrais.

Índio Jaguatiri no sambaqui da Aldeia Velha em Arraial d'Ajuda

Evidencias de antigas comunidades litorâneas 

17.01.12
Arraia d’ Ajuda à Mogiquiçaba

Distância: 53,69 Km                 Média: 13,4 Km/h
Tempo: 4h e 00min                   Máxima: 40,2 Km/h


No dia de seu aniversário Miguelito resolve não mais pedalar, pois seu dia de voltar para São Paulo fica próximo, então decidi voltar para Caraívas e depois ir para Porto Seguro para a embarcação de busão. Então Mayara Manete segue o trajeto, pega a balsa até Porto Seguro, visita rapidamente o Centro Histórico e continua a pedalada pelo asfalto plano a beira mar com vento contra. Visita à Praia de Santo André, onde a paisagem é marcada pelos recifes. Ao anoitecer o acampamento foi montado em Mogiquiçaba, vila com poucos habitantes e praia com ondas perfeitas para o surf.

Centro Histórico de Porto Seguro

Local de exposição artesanal indígena em Coroa Vermelha

Entrada da Praia de Santo André

18.01.12
Mogiquiçaba à Comandatuba

Distância: 79,33 Km                   Média: 16,3 Km/h
Tempo: 4h e 43min                     Máxima: 54,4 Km/h

Pela manhã a pedalada continua pela BA-001, terreno plano, vento contra e quase que um deserto, nem outros veículos, nem pessoas.  Em Belmonte tem que pegar uma lancha até Canavieiras, são 22km pelo Rio Jequitinhonha. O trajeto é deslumbrante, emocionante, o manguezal é composto por árvores de grande porte, há criação de gado e pequenas vilas em ilhas. Em Canavieiras se chega pelo rio Pardo, onde começa a Costa do Cacau. O percurso continua agora pelo asfalto, que logo deixa de ser plano e os morros começão a fazer parte da paisagem. Em Comandatuba a ilha não é acessível, pois abriga um resort para turistas com muita grana, o jeito é ficar no continente, onde a vila é simples e o turismo bem modesto, bom para ter mais contato com os habitantes. O acampamento foi montado no quintal de uma pousada.

Gaiamum em Belmonte

Trajeto de lancha de Belmonte à Canavieriras

19.01.12
Comandatuba à Ilhéus

Distância: 86,18 Km                      Média: 31,7 Km/h
Tempo: 6h e 07min                        Máxima: 60,3 Km/h

A pedalada continua por asfalto e muitas ladeiras. O município de Una está logo próximo, onde foi visitado mais um comprador de cacau e uma fazenda com plantação de seringueira e cacau. O terreno volta a ficar plano quando se chega a Praia dos Lençóis, ainda em Una, onde merece uma parada para banho de mar e água de coco, fornecida pela boa vontade de um habitante local. O trajeto continua pelo asfalto, próximo a orla, até Ilhéus, onde foi muito difícil a conquista pelo acampamento, pois se chega a uma cidade grande.

Dona Maria da Glória na Fazenda de cacau e seringueira em Una

Comprador de cacau em Una 

Vista do oceano após ladeiras subidas em Una

20.01.12
Conhecendo Ilhéus


Ilhéus é uma cidade histórica que merece um dia para deslumbrá-la. A cidade é divida na parte sul e norte que é atravessada por uma ponte. O norte contém a parte central, onde é claramente visível a desigualdade das classes sociais. Apesar de apresentar muitos turistas na cidade, não existe muito investimento ao turismo, e a rica característica cultural vem se perdendo ao longo do tempo. A parada é obrigatória na Casa de Cultural Jorge Amado, onde abriga o importante histórico do escritor. Em fim, Ilhéus tem muito a ensinar e certamente um dia é pouco para contempla-lá. 

Recifes de Ilhéus

Casa construída em 1929 pelo pai de Jorge Amado


21.01.12
Ilhéus à Itacaré

Distância: 81,55 Km                        Média: 13,9 Km/h
Tempo: 5h e 43min                          Máxima: 63,1 Km/h

Amanhece um dia com garoa em Ilhéus, mas a pedalada continua, a chuva aperta e convida para uma parada na vila Juarana no ateliê de Paulo. Na beira da rodovia ficam expostos os artefatos para a venda e no fundo seu ateliê. Ele produz esculturas de madeira, atualmente com jaqueira, uma madeira difícil de se trabalhar, mas assim ele contribui para o controle desta espécie exótica invasora. A pedalada continua e mais do que nunca com inclinações elevadas a serem subidas, mas o esforço é recompensado por belas paisagens, cachoeiras, prainhas e  florestas. Em Itacaré completa o circuito Costa do Cacau, o acampamento foi feita em um camping bem simples onde a amizade prevalece.

Artesão Paulo na vila de Juarana em Ilhéus

Mirante II da Serra Grande

Trilha para a Praia do Havaizinho em Itacaré

22, 23 e 24.01.12
Vivência em  Itacaré

Itacaré é uma cidade bem interessante com pessoas que buscam locais alternativos com principais opções para o surf, artesanato, reggae,  forró e música popular brasileira. Sem estar dentro dos planos rendeu três dias de conhecimento e descanso para a bike. Itacaré se localiza na faixa entre os rios Jequitinhonha e Contas, na qual conserva a parcela mais significativa de Mata Atlântica do nordeste brasileiro.

Cachoeira da Usina em Itacaré

Maluco Márcio, malabares na Praia da Costa

Surf na Praia da Tiririca em Itacaré

25.01.12
Itacaré à Península do Maraú (Praia da Saquaíra)
Distância: 48,30 Km                   Média: 11,1 Km/h
Tempo: 4h e 10min                     Máxima: 67,0 Km/h


Após alguns dias em Itacaré, a saída continuou difícil, mas se concretizou ao meio deste dia. Neste trecho dá para se chegar a Península do Maraú pela praia, mas como a maré estava cheia foi preferível ir pelo asfalto, onde se pode contemplar uma belíssima lagoa de água morna. No final da tarde foi feita uma parada na praia dos Algodões e logo em diante o acampamento foi montado em um quiosque a beira mar na Praia da Saquaíra.

Chegando em Maraú... lagoa avistada e provada 

Praia de Algodões

26.01.12
Praia da Saquaíra à Igrapiúna

Distância: 41,68 Km                         Média: 9,8 Km/h
Tempo: 4h e 02min                           Máxima: 40,8 Km/h


No meio da manhã, a maré abaixou e se pode seguir a pedalada pela praia com um pequeno trecho de areia fofa, onde pedalar era impossível. Se chega então a mais esperada Península do Maraú... segue um trecho de praia deserta até que se chega em Taipu de Fora., um ponto turístico, onde na maré baixa forma-se piscinas naturais com corais que se avistam no mergulho. Antes que a maré suba a pedalada continua até Barra Grande, lá se faz uma travessia de barco para Camamu, onde se inicia a Costa do Dendê. A pedalada então continua agora pelo asfalto, pretendia-se chegar até Ituberá, mas como a câmera  traseira furou, a pernoite ocorreu em Igrapiúna com hospedagem da gentil família de Dona Nice.

Taipu de Fora na Península do Maraú

Barra Grande na Península do Maraú

Trajeto de Barco de Barra Grande à Camamu

27.01.12
Igrapiúna à Gamboa

Distância: 62,48 Km                     Média: 13,0 Km/h
Tempo: 4h e 26min                       Máxima: 45,5 Km/h

Depois de uma noite muito bem dormida, café da manhã com cevada, despedida da gentil família, pelo asfalto é seguida a pedalada com um desvio por estrada de chão para se chegar a Cachoeira Pancada Grande. A cachoeira contém 80 metros de altura, se localiza nos limites de área de conservação da fazenda dMichelin, uma forma ilusória de conservação da biodiversidade, constatada pelo Sr. Raimundo, antigo funcionário lá presente. Em fim, a viagem continua até Valença, uma cidade grande, onde a travessia de barco foi feita para Gamboa, ao lado de Morro de São Paulo. A estadia se deu em um camping, com direito a cozinha para preparo do jantar.

Cachoeira da Pancada Grande em Ituberá

                                               Grupo Cultural Zambiapunga em Taperoá

Meios de transporte em Taperoá

28.01.12
Caminhada de Gamboa à Morro de São Paulo


Morro de São paulo também foi selecionado para um dia inteiro de conhecimento, pois é um lugar muito interessante pela paisagem natural, entretanto o local é caro com turistas em geral pertencentes a elite. Na maré baixa pela praia dá para percorrer Gamboa a Morro de São Paulo, porém foi preferível caminhar e deixar a bike descansando pois o trajeto contem obstáculos rochosos. As praias são muitas belas com formações de piscinas naturais e opção de mergulho. A caminhada foi feita até o início da 5ª praia, na volta ao chegar no centro do Morro de São Paulo, a maré já estava cheia, então, a noite foi feita a travessia de barco de volta a Gamboa.


Aula de capoeira na 3ª Praia em Morro de São Paulo

2ª Praia em Morro de São Paulo

Táxi de Malas em Morro de São Paulo

29.01.12
Gamboa à Ilha de Itaparica (Vila de Jiribatuba)

Distância: 86,92 Km               Média: 14,9 Km/h
Tempo: 5h e 28min                 Máxima: 57,6 Km/h

Para seguir viagem de barco foi feita a travessia de volta à Valença, então a pedalada continua por asfalto pouco sinuoso. Parada em Jaguaripe e Nazaré das Farinhas, daí em diante o trajeto foi difícil por quanta de obras na rodovia. Chegando na Ilha de Itaparica já anoitecendo, a hospedagem foi buscada na primeira vila, em Jiribatuba, o acampamento foi montado na praia.

Entrada de Guaibim

À Caminho da Ilha de Itaparica

30.01.12
Jiribatuba à Salvador

Distância: 43,27 Km                  Média: 11,3 Km/h
Tempo: 3h e 50min                    Máxima: 39,6 Km/h


Jiribatuba é uma vila de pescadores, onde prevalece os habitantes locais e turistas das proximidades. A pedalada continua pelo asfalto na orla, com parada a algumas praias, até chegar ao ferry boat (a balsa) que atravessa para Salvador. A capital foi local dos conselhos, diversas pessoas me aconselhavam a tomar muito cuidado por onde andava. Pois é, um local de grande movimentação, pessoas de diversos tipos e a atenção deve ser redobrada, mas é um local de energia muito forte, especialmente no Pelourinho, rico culturalmente, cheio de história. A hospedagem de início ocorreu  no Hostel do Pelourinho, mas logo houve o reencontro com amigos que foram conhecidos em cidades passadas anteriormente.

Vila de Jiribatuba na Ilha de Itaparica

I
Ilha de Itaparica com vista de Salvador ao fundo

31.01.12
Salvador (Pelourinho) à Praia de Piatã

Distância: 34,39 Km                            Média: 10,7 Km/h
Tempo: 3h e 01min                              Máxima: 32,0 Km/h

Salvador também merece mais dias de conhecimento, a bicicleta ficou descansando e a pé foi feito o rolê pelo Pelourinho, onde conheci diversas pessoas interessantes, especialmente o Big que trabalha com móveis de madeira e o Ed Pereira organizador do Centro Cultural do Pelourinho. No final da tarde desci de bike para a cidade baixa e depois a viagem continuou sentido Arembepe. O acampamento foi montado na praia de Piatã ainda em Salvador.

Pelourinho em Salvador

Cidade Baixa em Salvador

Praia Farol da Barra

01.02
Praia de Piatã à Arembepe

Distância: 38,96 Km                            Média: 13,1 Km/h
Tempo: 2h e 48min                              Máxima: 33,5 Km/h


De manhã cedinho a pedalada continuou pela orla até a mais esperada Arembepe, onde logo o acampamento foi conquistado e a caminhada para o conhecimento local começou. Arembepe é um distrito de Camaçari, que dá lugar a mais famosa aldeia hippie e ao projeto Tamar.

Cactaceae na restinga de Arembepe

Aldeia Hippie em Arembepe

Projeto Tamar em Arembepe

Total percorrido:
1.170,04 Km